Nunca tive uma
experiência homoafetiva, sempre fiquei com homens e namoro o mesmo
rapaz desde os meus 15 anos. Durante todo meu processo de
descobrimento pessoal – que acredito ainda não ter terminado –
não cheguei a sentir atração física ou emocional por uma mulher,
apesar de considerar o corpo feminino uma das mais belas criações
da natureza. No entanto - apesar da minha orientação sexual - por
ser mulher, feminista e Assistente Social, considero como uma
obrigação – pessoal - defender e lutar pelas causas LGBT*s e pela
efetivação dos direitos dessas pessoas.
Há mais ou menos um
mês a prefeitura de Curitiba divulgou o casamento coletivo que irá
realizar na Arena da Baixada, estádio do clube de futebol Atlético
Paranaense, informando que o evento contemplaria casais
heterossexuais e homossexuais. Não com tanta rapidez, mas com o
mesmo tom conservador de sempre, há cerca de uma semana, a bancada
evangélica da Câmara Municipal de Curitiba manifestou seu
descontentamento com a posição da prefeitura, solicitando que a
imagem abaixo fosse retirada da página que a prefeitura possui no
Facebook. Agora, esse mesmo grupo, quer se reunir com a prefeitura de
Curitiba para questionar o casamento coletivo que será realizado na
Arena, demonstrando sua insatisfação com a presença de casais
homoafetivos.
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Imagem que causou alvoroço entre os evangélicos da Câmara Municipal |
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Minhas questões,
depois de toda essa explanação, são: por que vereadoras e
vereadores, que tem várias coisas importantes para se preocuparem,
ocupam seu tempo preocupando-se com o amor alheio e restringindo os
direitos de pessoas homossexuais? E porque essas mesmas pessoas, que
deveriam legislar pelo coletivo, continuam fazendo política baseadas
nas suas crenças e opiniões pessoais?
Normalmente as
religiões pregam o amor ao próximo e a compaixão, mas isso também
não deveria valer quando x próximx é diferente? Qual é a
dificuldade de respeitar e de NÃO SE METER na vida dx outrx? E qual
a dificuldade de existir, de fato, a separação entre estado e
religião?
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Nota do Jornal Metro do dia 08/10/2014. |
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A restrição de
direitos e o discurso de ódio contra as pessoas LGBT*s só tem
gerado mortes, agressões e sofrimentos. Quantas notícias estamos
vendo ultimamente de gays, lésbicas, travestis e transexuais que são
agredidxs e mortxs, crimes que são justificados por um deus –
representado por uma religião – que diz pregar o amor, mas que
responde o próprio amor com ódio! Como algumas pessoas podem
considerar mais correto agredir outro ser humano do que ver duas
mulheres ou dois homens se beijando? Por que o amor tem ofendido
tanto e o ódio tem sido tão banalizado?
Se existem outros
mundos, acredito ter caído no planeta errado...